terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Não ir, ir, ficar, sair, desistir. Tentar.

- Então se é para ser assim, me desculpe, eu desisto.
- Desiste? - perguntou atônito.
- É isso mesmo, eu desisto. Com prudência ou não, mas como pode ver estou indo embora.
- Peço-lhe, não vá.
- Eu vou.
Tristemente um retumbante silêncio se fez dentre eles.
- Espero que se lembre de que mesmo indo embora a história não acaba aqui.
- Ora, seja especifico que o tempo branda.
- Digo, a história, nossa história, viverá acessa dentro de você todos os dias.
- Como podes ter certeza disso?
- Eis que se for de verdade viverá, mesmo que se passe dias frios e chuvosos, ainda assim, como chama quente no inverno rigoroso ela acenderá brilhante, e no verão úmido descobrirás que ela não de desfalecerá pelas imensas inundações. Saberás disso, se for verdade. Agora, pode ir.
[silêncio]
- Me deixas ir?
- Não, nunca.

Annabel Laurino.

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