segunda-feira, 22 de março de 2010

Decepção.

Quantas vezes em nossas vidas no decepcionamos com as pessoas em nossa volta? Várias, não é mesmo?
Essa foi mais uma. Mais uma vez em que construo sonhos em cima de alguém depois percebo que eles eram grandes demais para serem vividos com tal.
No momento recente, me sinto péssima.
Sinto-me tola e burra, realmente não entendo mais nada.
Aqui dentro bem fundo de meu coração cada vez em que lembro o tal motivo de estar aqui escrevendo me vem um aperto grande uma leve pontada de angustia e decepção. Puro desapontamento.
Parece que hoje quando me acordei, logo olhei em volta e tive uma leve impressão de que me olhavam, de que me vigiavam, era logo a angustia e a decepção que fixavam em mim atentamente seus olhos enquanto eu inocentemente dormia.
“Devemos acordá-la?” perguntou a angustia pra decepção. “Certamente” respondeu feliz a decepção com amabilidade, “então será um prazer” disse a angustia radiante de felicidade.
Então logo as duas estavam a me acordar me segurando pelos ombros e me sacudiam até que tivessem certeza de que estava por completo acordada, desesperadas para começarem em meu dia, seu trabalho de me atormentar com seus pensamentos insanos.
Entenda, não sou nenhuma louca, apenas uma pessoa magoada.
Realmente magoada.
Descobri hoje que simplesmente sou uma tola. Estava vendada?
Oras, deveria.
Como não vi? Como não enxerguei que isso de fato iria acontecer? Ou melhor, já vinha acontecendo, bem diante de meus olhos.
O que mais me atormenta é a tal questão, “o que eu fiz de errado?”.
Eu lhe magoei? Feri-lhe? Falei o que não deveria? Então me diga?
Se eu pelo menos pudesse entender o que dera errado ou o que eu fiz de errado, talvez não fosse tão difícil de aceitar isso.
Não acredito em nenhuma circunstância que eu merecia isso. Que eu merecia ser tratada tão friamente.
Desejo mesmo com todas minhas forças que esse sentimento suma. Desejo que pudesse haver algum tipo de computador em meu cérebro. Que eu pudesse desligá-lo, da mesma maneira como posso desligar a televisão. Um pressionamento num botão e esvaziaria imediatamente minha cabeça e meu coração, vazia de todas aquelas imagens e idéias atormentadoras. Enfim, deixar a tela vazia.
Estou aqui escrevendo e escrevendo e logo me dando de conta que realmente não á uma cura exata para esse tipo de dor incomoda em meu peito, o único remédio que posso dizer será o tempo. Ele mesmo o velho e bom querido tempo, que muitas vezes passa puro lentamente, ele então, que fará com que essa ferida aqui dentro se feche, se cure, se suma.