terça-feira, 12 de julho de 2011

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O mar era verde
As árvores eram laranja
As folhas voavam
Tudo voava
As ondas giravam e corriam
Os pássaros brancos cantavam
Acompanhavam as ondas do mar verde
As flores brotavam
Um riso sorria
Teus lábios vermelhos
Tuas mãos macias
Desciam
Desciam pelo meu corpo
Enquanto o mundo grunhia.

Annabel Laurino.

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As vezes a água vai fluindo do meio de seus dedos
Escorregando
Caindo gelada pela sua pele crespa
Fazendo cócegas lentamente
Caindo e caindo
Você não consegue pega-la
Entre pingos vai caindo
Vai explodindo no chão
Você já não pode mais saber
Mas nem um pingo mais lhe resta em mãos
Nem uma gota qualquer que possa ter sobrado
Nem um vestígio
Nada, que possa ser lembrado.


Annabel Laurino.