domingo, 5 de fevereiro de 2012

Opostos, Compostos.

 Ela escuta Nirvana, ele escuta Projota.
 Ela lê livros, ele joga The Sims.
 Ela não fala palavrão, ele fala.
 Ela é romântica, ele é carnal.
 Ela sonha, ele inventa.
 Ela estuda inglês, ele sabe sobre informática.
 Ela usa óculos, ele também.
 Ela escreve, ele digita.
 Nada superficial e nem a fundo.
 Apenas uma reentrância da contrastes
 Que por alguma explicação
 Se unem.

Annabel Laurino.

.



Olho pra gente, meses atrás, sorrindo em fotos e vejo hoje, depois de milhares de pratos quebrados, móveis jogados pela janela, fotos queimadas e cartas rasgadas, não é muito lindo o que construímos até aqui?


Annabel Laurino.


Qual será a mágica que usas?


    E o que dizer? Você esteve aqui. A linha tele eletrônica que nos uniu por sons da voz, mesmo assim, pareceu algo tão próximo do físico que eu  até te senti aqui. Sentado ao meu lado, olhando nos meus olhos, tirando um peso imenso e perdurável de dentro de mim. Me senti tão bem, de repente bateu aquela paz, aquele riso no rosto veio tão manso e tão bonito que nem parecia mais eu, desde alguns minutos atrás.
    Que mágica é essa que usas sobre mim? Por acaso da tua boca saem fios de luz que me puxam como um solavanco, imperceptíveis fios, sem eu perceber? Ou será que nesse seu coração escondes de mim algum segredo bom, que por medo não me contas, mas desfrutas bem nas entrelinhas jogadas à pontinha de tua língua enquanto falas mansamente comigo, sobre mim?
    Não sei. Mas é muito bom te ter aqui, assim. E lindo me são os sorrisos que me vem quando me deixas nova, semeando em mim sementes de calma e paz. Eu digo, não vá nunca mais, fique aqui, não é lindo o que somos e o que seremos um dia?

    Annabel Laurino.