Annabel Laurino
domingo, 16 de maio de 2010
Uma parte de mim
Não escrevo pra ter fama, por que vamos e viemos se fosse assim o mundo estaria cheio de escritores. Mas, também não me considero uma escritora. Escrevo por que amo escrever, amo poder usar as palavras usufruindo a mente e o coração. Mas, reconheço que são poucos que sabem usar as palavras, pois de tantos quanto às usam, falam com a alma. Escrevo por que sinto um prazer imenso de poder gritar através de pontos e vírgulas. Minha alma grita, chora e ri, ao longo do que escrevo. Cada letra, cada refrão cada espaço entre uma palavra e outra é uma parte de mim. É uma parte do que sou. Eu sou assim, eu sou o que sinto, e o que amo. E definitivamente eu amo tudo que sinto e tudo mais que escrevo.
Perfeição?
Sempre achei que cresceria de uma forma estranha, ou melhor, explicando, quando eu era pequena e admirava minhas bonecas, altamente desenhadas, por linhas da perfeição, com aqueles sorrisos robóticos, cinturas pequenas, cabelos brilhantes. Sempre sonhei e suspirei naquelas perfeições. Mas como se diz “o tempo passa” e passou mesmo, passou bem mais rápido do que eu imaginava.
Não sei bem descrever em características, mas minha mãe sempre disse que eu vim de uma espécie única chamada de “no mundo da lua”, pois é eu vivo lá, sei lá que problema afinal eu tenho.
Mas quando caminho a rua é totalmente irresistível não olhar, não perceber, pessoas de todos os tipos passam por mim, de alturas medianas a extremas, olhos grandes e pequenos, furtivos e descansados, rostos dos mais diferenciados. Há aqueles mais envelhecidos com o tempo, cujas marcas de rudez tomam conta da pele flácida com a qual o tempo fez questão de marcar. Também há aqueles, mas risonhos, mais despojados, que se divertem ao passeio. Aqueles mais robustos, mais apressados, com impaciência e impossíveis de se falar qualquer “bom dia”. Há aqueles mais amáveis que observam tudo, mesmo não te conhecendo não hesitam em um bom cumprimento. Mas, há tantos que até me perco em observar, passam tão rápido por mim que fico perdida em um só olhar.
É muito simples perceber, que todos são dos mais engraçados aos mais temerosos, mas todos são bonitos, de sua forma, de seu jeito.
Não entendo bem por que de tanto me atraem, talvez por que nem eu mesma me distingue e ache necessidade em distinguir a existência das aparências alheias.
É engraçado não é? Mas certo dia enquanto caminhava, me perguntei o que é perfeição?
Bom é meio que um papo de doido que eu criei na cabeça, mas vejamos só.
Nas revistas, aquelas modelos altamente articuladas de caracteristicas mais diferenciadas, maquiagens coloridas, e lindas por se bem dizer. É tão incrível pensar que para aqueles que formam a tal revista a perfeição que os enchem os olhos são tais: magras, altas, com postura, cabelos sedosos, quadris não muito largos e pernas longas.
Então na rua, sim no nosso dia a dia, a perfeição que nos enche os olhos é meio complicada de se achar, perfeição comparada ao que a revista em si impõe ser perfeito.
Então pensei, o que é a minha perfeição?O que é a sua perfeição?
Será que não somos todos perfeitos?
Oras, temos braços, pés, defeitos e qualidades, não somos iguais a nenhum outro, tal por isso nossos polegares não se igualam ao seguinte, então somos perfeitos não somos?
Tanto aos mais gordinhos aos mais magrinhos, dos altos aos baixinhos, e das diversas variações de características, somos todos com posse de uma só perfeição.
Bom posso dizer que valeu a pena crescer, talvez hoje eu posso ser a minha própria bonequinha de luxo, sem articulações perfeitas e o sorriso perfeito, mas me igualo a perfeição pelo simples fato de ser diferente e encher aos meus próprios olhos.
Não sei bem descrever em características, mas minha mãe sempre disse que eu vim de uma espécie única chamada de “no mundo da lua”, pois é eu vivo lá, sei lá que problema afinal eu tenho.
Mas quando caminho a rua é totalmente irresistível não olhar, não perceber, pessoas de todos os tipos passam por mim, de alturas medianas a extremas, olhos grandes e pequenos, furtivos e descansados, rostos dos mais diferenciados. Há aqueles mais envelhecidos com o tempo, cujas marcas de rudez tomam conta da pele flácida com a qual o tempo fez questão de marcar. Também há aqueles, mas risonhos, mais despojados, que se divertem ao passeio. Aqueles mais robustos, mais apressados, com impaciência e impossíveis de se falar qualquer “bom dia”. Há aqueles mais amáveis que observam tudo, mesmo não te conhecendo não hesitam em um bom cumprimento. Mas, há tantos que até me perco em observar, passam tão rápido por mim que fico perdida em um só olhar.
É muito simples perceber, que todos são dos mais engraçados aos mais temerosos, mas todos são bonitos, de sua forma, de seu jeito.
Não entendo bem por que de tanto me atraem, talvez por que nem eu mesma me distingue e ache necessidade em distinguir a existência das aparências alheias.
É engraçado não é? Mas certo dia enquanto caminhava, me perguntei o que é perfeição?
Bom é meio que um papo de doido que eu criei na cabeça, mas vejamos só.
Nas revistas, aquelas modelos altamente articuladas de caracteristicas mais diferenciadas, maquiagens coloridas, e lindas por se bem dizer. É tão incrível pensar que para aqueles que formam a tal revista a perfeição que os enchem os olhos são tais: magras, altas, com postura, cabelos sedosos, quadris não muito largos e pernas longas.
Então na rua, sim no nosso dia a dia, a perfeição que nos enche os olhos é meio complicada de se achar, perfeição comparada ao que a revista em si impõe ser perfeito.
Então pensei, o que é a minha perfeição?O que é a sua perfeição?
Será que não somos todos perfeitos?
Oras, temos braços, pés, defeitos e qualidades, não somos iguais a nenhum outro, tal por isso nossos polegares não se igualam ao seguinte, então somos perfeitos não somos?
Tanto aos mais gordinhos aos mais magrinhos, dos altos aos baixinhos, e das diversas variações de características, somos todos com posse de uma só perfeição.
Bom posso dizer que valeu a pena crescer, talvez hoje eu posso ser a minha própria bonequinha de luxo, sem articulações perfeitas e o sorriso perfeito, mas me igualo a perfeição pelo simples fato de ser diferente e encher aos meus próprios olhos.
Impasse
É sempre assim, quando o manto escuro cai por sobre o céu lá fora e se ilustra á cima as mais belas estrelas de iluminar, e logo, a lua vem ao seu lugar. Tudo parece em seu devido espaço, o céu, as estrelas, a noite, as horas, tudo. Menos em mim.
É difícil não resistir a tentação de mexer em meio a meus guardados e ouvir aquela musica que dividíamos juntos. É difícil não deixar uma lagrima derramar-se de meus olhos por tantas lembranças. Talvez nada disso precisasse ser pensado agora, talvez nós ainda pudéssemos estar juntos, rindo de toda aquela confusão, rindo do quanto fomos bobos por ter deixado nossa felicidade ser jogada fora. Mas, esta é mais uma daquelas situações em que não se há saída, não posso deixar de não pensar em você, em lembrar de você. Em pensar que poderia estar aqui com você, sentada, vislumbrando a cor de seus olhos marrons avermelhados brilhantes e compenetrados nos meus, lhe beijar e lhe abraçar, o mantendo em meus braços, firme, como se fosse a ultima vez. E em pensar que foi.
Em pensar que eu poderia ter guardado aquela noite, como a noite mais maravilhosa de todas, e, no entanto, á guardo em minha memória como uma lembrança triste.
Não por que tenha sido ruim, não por que foi ruim estar ao seu lado e lhe ter em meus braços. Pelo contrário.
Eu lhe afagava o rosto e lhe beijava a face, lhe abraçava o mais forte que podia até ter certeza que enfim era real, era real que os meus braços gélidos pelo frio que jazia aquela noite lhe contornavam o seu corpo sempre cálido e rígido. Senti seu peito, sua respiração, senti seu coração bater, seus lábios quentes no meu, seus braços envolventes na minha cintura, sua mão por sobre meu rosto, seus beijos no meu pescoço. Era real que finalmente eu estava com você, depois de dois longos meses refletindo do quão desperdiçados foram. Dizia-lhe em sussurros o quanto lhe queria, lhe dizia o quanto sentia saudades, e você o mesmo fazia. Em vários momentos senti sua vós fraquejar, senti que no fundo, mesmo que aquilo tudo fosse real, fosse bom, nós dois em nosso intimo sofríamos.
Mas enquanto eu lhe beijava, enquanto só pensava em te ter e te querer, eu não queria saber se choraria, se sofreria mais tarde, se morreria de saudade. Não queria pensar no que sentiria quando te visse ir embora, quando tivesse de ver você, caminhando por aquela rua escura, que fosse enfim a ultima vez.
Então, foi a ultima vez, a ultima vez que lhe tive, que lhe tive como sempre quis ter, lhe ter com sinceridade e sabendo que era assim que eu queria.
Eu lhe tive pela ultima vez e foi real, não foi como nos meus sonhos que me perturbam depois que te vi partir, onde acordo e vejo que tudo não passou de ilusão, pois, foi real. Mas foi como um sonho, pois até mesmo ilusório tem seu próprio fim.
E agora nada mais permanece aqui, não tenho você comigo, não lhe tenho aqui sentado ao meu lado rindo e nem pegando a minha mão, não lhe tenho nas noites frias me cobrindo em seus braços, não lhe tenho mais em meus olhos, pois até eles sofrem por não poder te ver, e choram. Minha pele, e cada célula de meu corpo anseiam em poder sentir seu toque, nem que seja só mais uma vez, nem que seja só mais a ultima vez, e mesmo que eu sofra e mesmo que eu chore, eu preciso, minha alma precisa, meu corpo precisa de você.
Posso sair de casa, posso sair pelo mundo afora, descobrir lugares, conhecer novos horizontes, posso ver rostos novos, mas nada do que vejo tem você, ninguém é você, ninguém tem o que você tem ou se parece com você. Não que eu tente lhe igualar á alguém, mas, basta olhar, basta ver, que nada se parece com você.
É acho que esta noite será mais uma noite da qual eu sonharei com você, uma noite fria, e só, restando-me apenas lembranças, apenas saudade, apenas “um dia existiu” e não, não existe mais.
Você foi embora, é foi, não pude dar o adeus que eu queria, não pude dizer tudo exatamente o que sentia, não pude dizer o que precisava dizer.
Ainda guardo sua foto, seus cartões, a pétala de um dos buques de rosas que você me deu, separando as páginas de meus livros. E ainda guardo seu beijo, suas lembranças. Está tudo aqui. Embora tudo tenha se modificado, e nada mais permaneça como antes, embora eu e você não estejamos juntos, as lembranças a saudade, a vontade de te ter de volta, te ter em meus braços permanece. Permanece ainda a vontade de dizer que um dia, sim, eu amei você.
É difícil não resistir a tentação de mexer em meio a meus guardados e ouvir aquela musica que dividíamos juntos. É difícil não deixar uma lagrima derramar-se de meus olhos por tantas lembranças. Talvez nada disso precisasse ser pensado agora, talvez nós ainda pudéssemos estar juntos, rindo de toda aquela confusão, rindo do quanto fomos bobos por ter deixado nossa felicidade ser jogada fora. Mas, esta é mais uma daquelas situações em que não se há saída, não posso deixar de não pensar em você, em lembrar de você. Em pensar que poderia estar aqui com você, sentada, vislumbrando a cor de seus olhos marrons avermelhados brilhantes e compenetrados nos meus, lhe beijar e lhe abraçar, o mantendo em meus braços, firme, como se fosse a ultima vez. E em pensar que foi.
Em pensar que eu poderia ter guardado aquela noite, como a noite mais maravilhosa de todas, e, no entanto, á guardo em minha memória como uma lembrança triste.
Não por que tenha sido ruim, não por que foi ruim estar ao seu lado e lhe ter em meus braços. Pelo contrário.
Eu lhe afagava o rosto e lhe beijava a face, lhe abraçava o mais forte que podia até ter certeza que enfim era real, era real que os meus braços gélidos pelo frio que jazia aquela noite lhe contornavam o seu corpo sempre cálido e rígido. Senti seu peito, sua respiração, senti seu coração bater, seus lábios quentes no meu, seus braços envolventes na minha cintura, sua mão por sobre meu rosto, seus beijos no meu pescoço. Era real que finalmente eu estava com você, depois de dois longos meses refletindo do quão desperdiçados foram. Dizia-lhe em sussurros o quanto lhe queria, lhe dizia o quanto sentia saudades, e você o mesmo fazia. Em vários momentos senti sua vós fraquejar, senti que no fundo, mesmo que aquilo tudo fosse real, fosse bom, nós dois em nosso intimo sofríamos.
Mas enquanto eu lhe beijava, enquanto só pensava em te ter e te querer, eu não queria saber se choraria, se sofreria mais tarde, se morreria de saudade. Não queria pensar no que sentiria quando te visse ir embora, quando tivesse de ver você, caminhando por aquela rua escura, que fosse enfim a ultima vez.
Então, foi a ultima vez, a ultima vez que lhe tive, que lhe tive como sempre quis ter, lhe ter com sinceridade e sabendo que era assim que eu queria.
Eu lhe tive pela ultima vez e foi real, não foi como nos meus sonhos que me perturbam depois que te vi partir, onde acordo e vejo que tudo não passou de ilusão, pois, foi real. Mas foi como um sonho, pois até mesmo ilusório tem seu próprio fim.
E agora nada mais permanece aqui, não tenho você comigo, não lhe tenho aqui sentado ao meu lado rindo e nem pegando a minha mão, não lhe tenho nas noites frias me cobrindo em seus braços, não lhe tenho mais em meus olhos, pois até eles sofrem por não poder te ver, e choram. Minha pele, e cada célula de meu corpo anseiam em poder sentir seu toque, nem que seja só mais uma vez, nem que seja só mais a ultima vez, e mesmo que eu sofra e mesmo que eu chore, eu preciso, minha alma precisa, meu corpo precisa de você.
Posso sair de casa, posso sair pelo mundo afora, descobrir lugares, conhecer novos horizontes, posso ver rostos novos, mas nada do que vejo tem você, ninguém é você, ninguém tem o que você tem ou se parece com você. Não que eu tente lhe igualar á alguém, mas, basta olhar, basta ver, que nada se parece com você.
É acho que esta noite será mais uma noite da qual eu sonharei com você, uma noite fria, e só, restando-me apenas lembranças, apenas saudade, apenas “um dia existiu” e não, não existe mais.
Você foi embora, é foi, não pude dar o adeus que eu queria, não pude dizer tudo exatamente o que sentia, não pude dizer o que precisava dizer.
Ainda guardo sua foto, seus cartões, a pétala de um dos buques de rosas que você me deu, separando as páginas de meus livros. E ainda guardo seu beijo, suas lembranças. Está tudo aqui. Embora tudo tenha se modificado, e nada mais permaneça como antes, embora eu e você não estejamos juntos, as lembranças a saudade, a vontade de te ter de volta, te ter em meus braços permanece. Permanece ainda a vontade de dizer que um dia, sim, eu amei você.
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