segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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Eu pensei que havia escutado batidas na porta
A madrugada era languida e vazia
Nenhum suspiro cortava a noite
E nenhum corpo transpassava o véu do céu negro
Ninguém havia na porta
E ninguém respondeu quando perguntei quem era
Tua alma branca passou por mim
Não reconheci-te de nenhum lugar
Mas tuas feições brandas eram compridas e doces
Teu passado em uma linha curta se juntava ao meu
No ato lúdico e colorido
Estávamos juntos outra vez
Tuas mãos colaram-se as minhas
Tua voz tornou-se água fluindo do seu peito
Tudo era vago e completo
E o fim chegou
Eu acordei.

Annabel Laurino.