quinta-feira, 5 de setembro de 2013

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“Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.”




      Clarice Lispector, (último bilhete escrito no hospital da Lagoa, Rio de Janeiro, 7/12/1977.)