Sorte.
Sim, ela me desejara boa sorte. E eu e meus botões pensamos juntos, que sim, sim, boa sorte.
Por que não?
Nessa minha nova fase de vida toda estrelada e bonita eu acho que estou precisando mesmo de sorte. Não por precisar. Mas por querer. Olha, que seja tudo ou seja nada, eu quero só um coração quentinho e conversas boas e risos e coisas lindas e bonitas e tudo e tudo. E sorte, meu caro. Sorte para atravessar os dias quando tudo ficar nublado e mesmo assim sair sorrindo de baixo da tempestade.
Tudo é lindo e vira flores e cria musica, gera e se torna ciclo. Mas que seja um ciclo bom e saudável dessa vez. E que se tenha mais noites como essas, com frio e cafés e conversas e olhares cruzados e timidez contida e jeito eloquente de se falar e essas coisas todas que todos nós queremos e fingimos que não queremos porque parece fácil simplesmente desacreditar. Mas não é, claro que não é. No fundo sempre resta aquela coisa antiga chamada esperança e isso eu tenho de sobra. Sempre e sempre. Então sorte.
Sorte para arriscar mais.
Para se permitir mais.
Para viver sem o medo absurdo de não ser feliz.
Porque já se é!
Annabel Laurino