quinta-feira, 29 de abril de 2010

Peregrinando

Caminho por sobre pedras, finas, graúdas, grandes, pequenas, aglomeradas em estreitos e outras expandidas ao longo. Caminho á baixo de chuvas e de trovões, caminho correndo e às vezes se preciso pulando grandes obstáculos, alguns aterrorizantes aos olhos de quem se vê, outros nem tanto, às vezes até mesmo, insignificantes.
Caminho á baixo de chuvas de granizo, temendo de que me acertem, e quando assim fazem acertam a alma, ao coração, não há como fugir de se ferir, mas a dor torna-se constante.
Caminho por sobre rosas também, rosas de todos os tipos, absolutamente lindas e diferentes, de aromas mais perspicazes, mas rosas com seus espinhos muitas vezes enganam aqueles de mente pura e coração ímpeto.
Por isso tomo cuidado em cada passo que lhe é dado. Ou melhor, comecei a dar.
Muitas vezes escalo ladeiras das mais colossais, às vezes caio e perco as forças, perco as forças de tudo, meus pés já chegaram a suplicar desistência, mas meus ouvidos se fecham quanto a isso.
Então eu luto, digo que luto por que cada dia ao sair de meu leito é como se entrasse em um desconhecido, com duvida do que será de hoje, e não mais com o de amanhã.
Pego todas minhas forças e caminho, muitas vezes sem rumo, com um ponto de interrogação que me faz temer diante de tudo, mas eu sigo, arrisco, caio, levanto, e sigo novamente.
Em vezes acerto o caminho, mas em outras me dou com a cara á porta. Não posso lutar com algo que já não é meu, não possuo a chave de todas as portas de meu mundo, mas creio que enquanto muitas de fecham outras mais se abrem. E por isso eu venço, mesmo não ganhando, por que não desisto, não entrego o que tenho, não até que se seja a hora, mas enquanto isso eu vivo.

O Amor

Eu descobri que quase tudo que já escreveram sobre o Amor é verdade.
Shakespeare disse: encontro de Amor é coisa finda. Ai que idéia fabulosa. Eu nunca vivenciei uma coisa remotamente parecida, embora acredite que Shakespeare possa ter feito isso. Eu acho que eu penso no amor mais do que qualquer um deveria. Fico sempre perplexa com o seu enorme poder de modificar e definir nossas vidas e foi Shakespeare quem disse - O amor é cego. Isso é uma coisa da qual eu tenho certeza. Para alguns de maneira inexplicável o amor começa a murchar, para outros o amor simplesmente se perde, por outro lado, claro, o amor também pode ser encontrado mesmo que apenas por uma noite. E há também outro tipo de amor, o tipo mais cruel, aquele que quase mata suas vítimas, ele se chama - Amor não correspondido, eu sou especialista nele. A maioria das histórias de amor é sobre pessoas que se apaixonam umas pelas outras, mas e o restante de nós? As nossas histórias? Nós que nos apaixonamos sozinhos, somos vítimas de uma relação de mão única, somos a maldição dos apaixonados, somos os não amados, os deficientes sem direito a uma vaga exclusiva.


( O Amor Não Tira Férias)

Pequenos desejos

Assisti ao filme O fabuloso destino de Amelie Poulain, e amei a forma como é feita a descrição de cada personagem, com detalhes tão simples e coisas corriqueiras, revelando uma narrativa criativa e interativa. Usando a idéia do filme, quais são seus pequenos desejos?

                  Meus Pequenos Desejos


sentir o cheiro dos Livros

Arrumar o Cabelo

Fazer compras



entre tantos pequenos desejos construímos um mundo de sensações...