Annabel laurino in Translúcida
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
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"Eu não vou te ligar no meio da noite implorando para que salve a minha vida, porque eu descobri que a única pessoa que pode salvar minha vida sou eu mesma, independente de alguém. E também não irei mentir, eu não minto. Quase sempre, ou sempre, responderei uma de suas perguntas com tanta sinceridade que te surpreenderás, engasgarás magoado ou ferido pelo golpe no estomago que não esperavas e depois pensaras que é melhor assim, no meio do vicio, do comício, da dor, do desespero, da perda, dos olhos fatigados e das noites agourentas de madrugadas insandecidas, pensarás que melhor mesmo é ter alguém que diga sim ou não e que te olhe dentro desse teu olho marejado de saudade todas as coisas que ninguém ainda teve coragem de te contar. E talvez, só talvez, essa seja uma das minhas, se não a maior, qualidade. Não te escondo nada, firo, mas sou sincera e nua como a verdade incontestável."
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