terça-feira, 8 de março de 2011

.

    E tudo que eu digo agora, quase que categoricamente, quase que caindo em sono, eu peço, mais que silenciosamente, ainda que suplicante, que algum dia, em algum momento, alguém também diga para mim.
    E quem sabe, até mais profundo e mais sincero do que peço, e do que espero.

Annabel Laurino.

palavras finais.

Algumas palavras finais, bem simples: Todos deveriam ouvir, Something – The Beatles – Apenas isso. Esvazio o silêncio, aqui. Estou indo dormir.


bel.

Não saber viver, é morrer.

    Que tal morrer hoje?... Ué o que foi?
    Vamos morrer, o que tem de mais?! Vamos morrer no preconceito, vamos morrer. 
    Vamos nos afogar na nossa falta de piedade, na nossa falta de educação!
    Sim, por que isso se chama morrer! Morrer para nós mesmos, morrer é se drogar e que droga de preconceito é esse!
    Absurdo e abstrato que vai sendo colado em pedaços do corpo da gente.
    Que coisa mais ridícula
    Morrer por isso se chama morrer de tédio, não ter mais o que fazer
    Mesmo que você morra a cada segundo, prefiro morrer á cada segundo tão limpa quando água, limpa de qualquer preconceito, qualquer coisa generalizada, mal conceituada, qualquer coisa suja, que seja levantar o meu indicador e apontar os erros, os defeitos do próximo
    Hipocrisia.
    Estou apontando um dedo, outros três me apontam agora.

    E isso, isso se chama
    Nem preciso repetir não é?
  
    Annabel Laurino.

Bipolaridades sem utilidades de, Nomes

    Assim como um universo de cores e sabores para se definir, gosto bem de pensar, de entoar na ponta da língua um melhor tom do que pode-se ouvir. E veja meu bem, são tantos!
    É engraçado, beleza pura que decorre do peito nu de um forte homem nada tão viril assim, me atrai.
   Me atrai pensar na variedade de cores do sol que une-se gentilmente em seu peito dourado, nos músculos escondidos pela camada superficial que se chama pele...
    Que coisa mais aflita isso de pensar... pensar em dar nome nas coisas, nas cores nos sabores.
    Pra mim tudo é sem nome. Um mundo sem nome.
    Sou sem nome
    Sou um ser
    Viajando na palma de uma mão que se chama terra
    Vagando sozinha, pulando de dedo em dedo, indicando á cada segundo uma nova direção
    As vezes a direção brilha com mais luz, o sol adiante me indica a luz, outras vezes...
    Outras vezes só o que vejo é cor no preto sem luz, e mais, eu vejo tudo branco
    Um rosto enevoado sorrindo pra mim
    Mas isso, isso não se chama nome
    Não tem nome e nem definição na arte que encontramos todo dia
    E isso meu caro,
    A única coisa que consigo dar nome, é viver.

    Annabel Laurino.

Doce, doce inverno...


    Estou louca pelo inverno.... Sim. Quero beijar o inverno, quero colar ele em mim. Fazem tantos dias que não fico tão louca por algo quanto pelo inverno.
    Ah sim, inverno como eu quero, o inverno.
    Oh sim, tragam-me o inverno, rápido.
    Vamos começar pelo outono, aquele ventinho fino, roçando na perna ainda despida, as folhas nas copas das arvores, começando a amarelar, começando a cair, as coisas começam a trocar e tudo, tudo fica simplesmente tão real.
    Os corpos se escondem, os rostos ficam tão vermelhos de frios, tão brancos tão vivos.
    O café decorre pela garganta tão quente tão amargo, tão gosto de café.
    A mão que segura firme a sua mão é a mesma que ontem, segurou suas pernas por baixo das cobertas
    O corpo que você segura contra o seu é o mesmo corpo que tapa o seu quando se deleitam por baixo do sol das nove.
    Ah sim, tragam-me o inverno.
    Tragam-me os casacos pesados, as bocas ressecadas, as luvas, os gorros, o café fumegante, as folhas, o frio, as noites estudando por baixo das cobertas com um lanterna na mão, as tardes escutando musicas antigas em um sebo no meio da cidade, olhando os livros velhos e sentindo o cheiro de folhas bolorentas e amareladas já muito antigas. O cheiro fica... Sim, mais vivo no inverno.
    Tudo parece mais vivo.
    Ah... Delicia.
    Tragam-me o inverno.
    Por favor.

   Annabel Laurino.

.

"Não pode ver que no meu mundo um troço qualquer morreu"


Cazuza.

Olá leitores fiéis do Pontos e Vírgulas.

Pois é, essa hora na net, essa hora escutando The Beatles no PC e pensando em milhares de idéias do que eu posso escrever.
To com uma comichão engraçada nos dedos. To sentindo uma inspiração divertida brincar na ponta do meu nariz agora mesmo, nesse exato instante... Bem, vamos lá!