quarta-feira, 18 de setembro de 2013

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" Eis o que não é bonito em tudo isso: daqui não se vê a poeira ou a tinta rachando ou sei lá o quê, mas dá para ver o que este lugar é de verdade. Dá para ver o quanto é falso. Não é nem consistente o suficiente para ser feito de plástico. É uma cidade de papel. Que dizer, olhe para ela, Q: Olhe para todas aquelas ruas sem saídas, aquelas ruas que dão a volta em si mesmas, todas aquelas casas construídas para virem a baixo. Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casas de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas. (…) Todos idiotizados com a obsessão por possuir coisas. Todas as coisas finas e frágeis feito papel. E todas as pessoas também. Vivi aqui durante dezoito anos e nunca encontrei ninguém que se importasse com qualquer coisa. "



Livro Cidades de Papel, John Green