terça-feira, 26 de julho de 2011

Somos os Neandertais da Nova Geração...

    Lembra daquela musica do amado Cazuza em que ele dizia tão bravamente: “seres humanos vivendo como bichos”? Nossa, Cazuza estava completamente certo no que dizia. Quinze anos se passaram desde que o trecho da música explodia nas rádios. Mas a realidade da musica é cada vez mais perturbadora.    
    Hoje nós seres humanos matamos e roubamos por tão pouco. Agredimos e falamos tão violentamente por meras futilidades que já não se sabe mais o que se está em jogo, sua vida comparada a futilidade do motivo versos a razão. É uma loucura abominável que adentra nossos dias, não é preciso ficar tão surpreso assim, é só ligar no jornal e assistir todos os dias, você sempre pensa que não viu nada igual até que... Olha só, tem mais gente louca por ai!
    Gente louca? Gente louca é pouco. Gente que não deveria ser chamada de gente. É real. Pessoas que agridem crianças por que os pais as ofenderam, maltratam e seqüestram, prendem e depois as matam. Que horror, que atrocidade! Até mesmo as crianças que são o futuro de uma nação hoje não passam ilesas sobre uma confusão. Animais sendo brutalmente mortos, colocados em fogo, queimados, agredidos... Pessoas bêbadas, drogadas. Jovens na prostituição.
    A alucinação dos dias, do dinheiro, da renovação tecnológica e a inovação de uma nova geração de modas e maneiras transformou as pessoas no que se pode chamar de bichos. Meros neandertais vivendo em suas cavernas com luzes, piscinas e roupas de grife. Andando em seus carros esportes de ultima geração com pneus de pedras, tapando os olhos com vendas de gripes de mil reais pra protegê-los do sol. Ou da realidade?
    Não importa o que façamos, o quanto o mundo ande e se altere, seremos sempre eternos brutais, loucos e fascinados pela loucura, seremos eternos ignorantes. Mataremos por pouco. Perdemos o valor da vida. Somos como os homens das cavernas, não importando quanto você tenha no banco, qual é o seu titulo de família ou quantos anos você passou na faculdade estudando, isso não é nada, simplesmente nada, se amanhã ou depois você consegue matar a sangue frio.
    Onde estamos? Onde foi que nos perdemos?
    Que saber?
    Talvez seja mesmo razão. Talvez tenhamos mesmo nos afastado de Deus.

Annabel Laurino.

Você me deixou assim. Estou assim agora, e....

    Quero me desprender de você. Mas como faço isso? Já estou presa! Estou amarrada na sua história, em seus sentimentos transbordantes e até mesmo nas suas coisas fúteis. Você adentrou em mim, perfurou um buraco no meu peito e entrou, sem licença, sem hora, sem pedir. Você não se enxerga como eu o enxergo. Como nos enxergo. Somos completamente iguais. Iguaizinhos um do outro. Você é meu par, eu sou o seu. Somos assim...  Estou assim agora, agarrada a histórias fantasiosas de filmes antigos e românticos, estou presa á uma coisa que nem se quer pode existir. Estou sendo pessimista, romântica e profundamente repetitiva. Sempre gosto de quem não vai gostar de mim. Mas agora é diferente. Você não vai gostar de mim. Mas eu vou. De outro jeito.

Annabel Laurino.