sábado, 7 de janeiro de 2012

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Já pensou que louco. Eu aqui pensando em você, e de repente o telefone toca. E como se descobrisse o meu silêncio transpassado no teu nome. Me ligando. 

bblaurino. 

Com pessoas, essa forma de criação mais imperfeita que Deus colocou sobre a Terra, tenho deixado pra lá. Minha energia é para o texto, as plantas, os passarinhos que alimento com sementes de girassol. A minha autocura no braço, na raça, na solidão que ninguém compreende, e por isso mesmo não dói. Me dóem as feridas físicas, as queimaduras de nitrogênio líquido pelo corpo. Tenho visto anjos, sab’s?
E as fadas também existem, baby.


(Caio Fernando Abreu. Carta a Jacqueline Cantore)