Annabel Laurino.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Cansada.
E de repente você fica tão, tão cansada. Qualquer coisa cansa. Adivinhar, perguntar, falar, repetir as mesmas questões. Tudo. Até mesmo você se cansa da pessoa em si. Do cheiro, do riso, das coisas que antes eram legais. As coisas vão desbotando aos poucos, de uma forma desenfreada, a culpa nem é sua, você nem se quer deu permissão. Tentar para que isso não aconteça é quase que sem valor algum. As gotas de paciência escorrem água abaixo e você se vê gritando, esmurrando e depois um silêncio mordaz. Tudo some. Todas as coisas de valor, tudo fica branco, sem cor, sem som, sem nada. Você se vê diante do zero. E tudo, bem, tudo virou nada.
.
Nossa, o dia está
tão bonito que dá até vontade de sair na rua, respirar fundo e se jogar debaixo
de um ônibus.
Pc Siqueira
beije-me
Me pega de jeito. Me faz carinho. Vem de Mansinho. Coloque
seu dedo sobre meus lábios macios e peça silêncio. Diga assim: Querida descobri
que te amo. Vem assim. Sem dizer, sem avisar. Me tire o fôlego. Me deixe sonsa,
sem ar. Diga que sempre procurou por mim, que sempre me quis, que agora que estou
aqui, é assim, é a hora. Pegue meu rosto entre suas mãos quentes e olhe-me,
deixe eu me perder nesses seus olhos, nesses seus incríveis olhos que não
consigo traduzir cor. Me beije, peça. Me beije, que eu te beijo.
Beije-me, direi.
Beije-me, agora, essa é a hora.
Annabel Laurino
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