domingo, 8 de janeiro de 2012

.

    Mas, não é nessa coisa de evitar que se acaba escapulindo a verdade? Quer dizer, quando se diz assim, em evitar, se diz então que exite algo. Algo, vivo, firme, perigoso. Aquele tipo de coisa que muitas vezes pode tanto nos fazer bem como nos destruir, entende? O tipo de coisa que vai crescendo como uma massa de bolo ao forno até que foge do controle e então explode, colocando muitas coisas em risco.
    O que eu quero dizer, é só para ver se entendo. É, sabe, essa mais nova loucura de ter que reprimir sentimentos, evitar situações e... Mudar. O meu jeito, o jeito da gente ser. Fica aquilo tão retido. Não acha? E sempre quando eu penso nisso, penso em quão bobo pode ser, dizer: "vamos evitar", quando explicitamente, ao mesmo tempo se diz, "vamos fingir que nada acontece dentro da gente. Vamos deixar morrer.".
   

Annabel Laurino.

.

   Eu não tenho medo. Não tenho medo de nada. Quanto mais eu sofro, mais eu amo. O perigo só fará crescer o meu amor. Ele o afiará, perdoará o preconceito. Serei o único anjo de que precisa. Você deixará a vida ainda mais bonita de quando entrou. O céu a levará de volta, olhará para você e dirá: "Somente uma coisa pode nos completar. E esta coisa é o amor."


(O Leitor) 

.

    Minha vontade cega e surda, finge que não ouve a voz da razão. 



annabellaurino