quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

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Assim olhando, de repente você se percebe tão quieto que tem vontade de fazer alguma coisa. Qualquer coisa dessas cotidianas, anônimas, acender um cigarro, ligar o rádio, quem sabe abrir a vidraça atrás da qual você está parado. Mas não faz nada. Você prefere não fazer nada. Permanece assim: parado, calado, quieto, sozinho. Na janela, olhando para fora.


(Caio Fernando Abreu)

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"Nos últimos tempos, me baixou uma humildade, criatura, dei para cozinhar, fazer faxina. Saio quase nada, vejo quase ninguém. Uma vida pra dentro, numa cidade indiferente."


(Caio Fernando Abreu)

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                               Infinitas Possibilidades.
                                 Você nunca se questionou sobre isso?


bblaurino.

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Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.


Martha Medeiros