quinta-feira, 11 de julho de 2013
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"O Futuro já nos iludiu tantas vezes, mas não importa... Amanhã correremos mais depressa e esticaremos nossos braços um pouco mais além que, em uma bela manhã...
E assim nós prosseguimos, barcos contra a corrente, empurrados incessantemente de volta ao passado."
E assim nós prosseguimos, barcos contra a corrente, empurrados incessantemente de volta ao passado."
O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald
Reinvente-se
Esperei que as luzes da cidade iluminassem as mechas azuis do meu cabelo. Esperei que o sol engolisse as calçadas sujas e encharcadas de passados inúteis. Esperei que alguma coisa brilhante acontecesse que nem uma explosão da grande Eta Carinae lá nos altos intergalácticos.
Irmão, nada aconteceu. Só o que eu tinha era o céu acima, o reflexo solar, as nuvens, o mundo, era tudo e ao mesmo tempo nada. E eu, tão só quanto uma sombra caminhando sozinha num escuro sem mais nada a frente.
Eu tive que me reinventar. Eu tive, sim.
Dando voltas no escuro e de repente uma porta se abre. Nunca sei do que eu posso ser capaz de fazer, eu só tenho fome, eu só quero ser feliz. Você entende?
De repente o céu escureceu e as estrelas maiores trocaram de lugar, e nós lá perdidos ainda num mundo coadjuvante. Você quer ser feliz? Eu me perguntava isso todos os dias e eu sabia que sim, sim, claro que sim. Então algo me disse: abandone essas suas fantasias sem fundamentos concretizados, essas suas roupas que não te vestem mais, esses pesos desnecessários, esses medos contraditórios, largue esse lixo todo em qualquer lugar por ai, recheado de mágoas e lembranças que te assolam todos os dias antes de dormir, e simplesmente continue caminhando mocinha, como um marujo caminhando em direção da rampa que o atirará direto para o mar. Você nunca sabe, mas pode ser que você até goste dessa aventura, ninguém disse que será fácil, que você saberá nadar, e é bom que saiba, ou que você não engolirá grandes quantidades de água até conseguir, sabe-se lá como, chegar em algum lugar seguro. Mas não importa, simplesmente faça.
E eu fiz, eu tive de fazê-lo. Doeu, ai doeu muito. Submergi e imergi diversas versas vezes até aprender o ritmo certo para me manter estável, até que meus pulmões se acostumassem, que meus braços se abrissem o suficientemente fortes para abraçar o oceano longínquo. E veja só, é assim que a gente aprende, é no grito.
Será que amanhã terão estrelas no céu? Será que seremos felizes? Será que haverá amor e será que conseguirei me manter firme na estrada dos tijolos amarelos até o fim? Não sei. Não é engraçado? Não sabemos de nada do que virá a seguir meu caro, mas é por isso que prosseguimos. É pela espera de algo melhor.
Particularmente, estou ansiosamente esperando pelos próximos capítulos que virão a seguir, quero me deliciar com as aventuras e até mesmo com as desventuras, poder chorar com alguns momentos nem tão felizes assim e quem sabe sorrir mais tarde porque estarei te contando todas essas coisas assim, como agora, com uma musica bem alta, os pés titubeando firmes no chão no compasso do coração levinho, feliz, se reajustando aos poucos conforme a vida passa.
"Verás que estais contente outra vez", já como dizia o Caio.
Irmão, nada aconteceu. Só o que eu tinha era o céu acima, o reflexo solar, as nuvens, o mundo, era tudo e ao mesmo tempo nada. E eu, tão só quanto uma sombra caminhando sozinha num escuro sem mais nada a frente.
Eu tive que me reinventar. Eu tive, sim.
Dando voltas no escuro e de repente uma porta se abre. Nunca sei do que eu posso ser capaz de fazer, eu só tenho fome, eu só quero ser feliz. Você entende?
De repente o céu escureceu e as estrelas maiores trocaram de lugar, e nós lá perdidos ainda num mundo coadjuvante. Você quer ser feliz? Eu me perguntava isso todos os dias e eu sabia que sim, sim, claro que sim. Então algo me disse: abandone essas suas fantasias sem fundamentos concretizados, essas suas roupas que não te vestem mais, esses pesos desnecessários, esses medos contraditórios, largue esse lixo todo em qualquer lugar por ai, recheado de mágoas e lembranças que te assolam todos os dias antes de dormir, e simplesmente continue caminhando mocinha, como um marujo caminhando em direção da rampa que o atirará direto para o mar. Você nunca sabe, mas pode ser que você até goste dessa aventura, ninguém disse que será fácil, que você saberá nadar, e é bom que saiba, ou que você não engolirá grandes quantidades de água até conseguir, sabe-se lá como, chegar em algum lugar seguro. Mas não importa, simplesmente faça.
E eu fiz, eu tive de fazê-lo. Doeu, ai doeu muito. Submergi e imergi diversas versas vezes até aprender o ritmo certo para me manter estável, até que meus pulmões se acostumassem, que meus braços se abrissem o suficientemente fortes para abraçar o oceano longínquo. E veja só, é assim que a gente aprende, é no grito.
Será que amanhã terão estrelas no céu? Será que seremos felizes? Será que haverá amor e será que conseguirei me manter firme na estrada dos tijolos amarelos até o fim? Não sei. Não é engraçado? Não sabemos de nada do que virá a seguir meu caro, mas é por isso que prosseguimos. É pela espera de algo melhor.
Particularmente, estou ansiosamente esperando pelos próximos capítulos que virão a seguir, quero me deliciar com as aventuras e até mesmo com as desventuras, poder chorar com alguns momentos nem tão felizes assim e quem sabe sorrir mais tarde porque estarei te contando todas essas coisas assim, como agora, com uma musica bem alta, os pés titubeando firmes no chão no compasso do coração levinho, feliz, se reajustando aos poucos conforme a vida passa.
"Verás que estais contente outra vez", já como dizia o Caio.
Annabel Laurino
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