terça-feira, 12 de julho de 2011

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As vezes a água vai fluindo do meio de seus dedos
Escorregando
Caindo gelada pela sua pele crespa
Fazendo cócegas lentamente
Caindo e caindo
Você não consegue pega-la
Entre pingos vai caindo
Vai explodindo no chão
Você já não pode mais saber
Mas nem um pingo mais lhe resta em mãos
Nem uma gota qualquer que possa ter sobrado
Nem um vestígio
Nada, que possa ser lembrado.


Annabel Laurino.

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