E já não lembro mais. Mas gosto de lembrar-te mesmo assim. Não á todo instante, não. Mas quando vejo algo bonito, algo que me recorde um sabor antigo. Ah sim, gosto de lembra-te como um sabor de um doce bom que não como dês de criança, por que já não fabricam mais.
Mas apenas recordo, delicio-me nas poucas lembranças e sorrio gentilmente, desejo-te nesse momento uma luz enorme e branca, uma paz, um amor. Desejo-te tudo em dobro do que desejo para mim mesma quando acordo todas as manhãs. E tão logo, calmamente e silenciosamente, sem ninguém perceber, eu volto a me reinventar.
Annabel Laurino.