sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Escarlate

Encha meu copo até a borda e transborde. Encha amor, encha do seu amor. Faça transbordar a cor escarlate que sua alma me doa, me enche. Sim, escarlate. Encha até a borda e transborde.
Deixe escorrer por todos os cantos do quarto, deixe o cheiro doce se espalhar.
Logo molhe meus lábios, umedeça-os do seu amor. É, seu amor.
Faça com que fervilhe, e aqueça.
Deixe todo frio escapar como vapor quente de uma chaleira. Vamos! Sim, vamos transbordar de amor.
Chupe meus dedos que deixaram-se passar no amor, o amor transbordante ao chão.
"Ah que pena", disseram os anjos. Fizemos muito mais do que desejado. Nem se quer justificamos aos céus, apenas cantamos e dançamos na grande poça escarlate e terna de amor que emanava em nós. Em nós dois amor.






Annabel Laurino.

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