quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eu sei

Sei mesmo, bem no fundo de meu coração, no ápice de minha alma, sei no contingente de minha mente, em tudo aquilo que se traduz em mim, em cada pedaço do meu eu, da minha alma, da minha mente, do meu coração.
Sei em cada respiração que meus pulmões se afloram, sei em cada piscar de olhos que me são permitidos, em em cada segundo em que minha vida se passa, em cada passo em que caminho, em cada olhar furtivo pro nada, em cada amanha em que acordo, e em cada noite que adormeço.
Sei, em tudo que já vivi.
Por minha própria experiência que me foi dada. Julgam-na pouco, mas pouco me importa com o que as mentes espalhadas por esse mundo afora, pensam sobre mim.
Sei por que já sofri, já rasguei meu coração em vão e o já recompus pra nada. Então simplesmente o deixo sentir o que quiser, se quiser sofrer então que sofra, se quiser ser feliz, pois seja.
 Mas já chorei, já chorei tanto que meu coração doía, chorei por ver não só a minha dor, mas a dor de meus próximos em que amo. Já sorri, mas claro que sorri, sorrio ainda, o tempo inteiro, mas nem sempre é sincero, talvez sorria pra espantar os males que afloram minha alma, mas já fui muito feliz, e jamais provei a infelicidade de perto, apenas á assisto.
Mas mesmo assim eu sei.
Sei por mim, por eu mesma e não por ninguém.
 
Sabe-se que se uma coisa eu aprendi foi que nossos ouvidos devem mesmo se manter fechados á conselhos alheios, sabe por quê?
 Por que se conselhos fossem bom mesmo essas tais que os distribuem pegariam seus próprios e os depositariam em suas próprias vidas.
Então eu sei, sei por que já sofri e já sorri, já abracei e já beijei.
Já tomei banho de chuva, já chorei com a chuva, já sorri no verão e corri campos imensos como uma pequena criança feliz. Já sonhei na primavera, já vivi um pouco de tudo que é meu.
Mas nunca deixei de saber que sei. E nem de ser quem sou.
Sei que amo, eu o amo. O amo mesmo não o tendo aqui. Mesmo nunca ter visto seu rosto á não ser em meus sonhos, mas eu o amo, amo o chão em que você pisa, e o ar que você respira, amo o vento que toca sua face, amo a chuva que cai por sua pele, amo a sua voz, amo seu olhar, amo sua boca, amo tudo aquilo que és e que te rodeia.
Amo mesmo não tendo certeza se existe, mas eu amo, amo mais que a mim mesma.
Amo você por que sou sua, sou sua em todas as línguas existentes na terra. Tu és meu, meu por que és uma parte de mim, és meu por que pertences a mim, sei disso. Não sou nenhuma louca por acreditar em meus sonhos e muito menos de amar quem eu sei que me ama. Mas o amor é assim, insano, só há de saber quem amar mais que a própria vida.
Há noites em que não o vejo, e me dói muito. Uma dor que não consigo entender, uma dor difícil de cessar, uma dor confundida com medo, com aflição.
Mas quando te vejo, parece que durmo segundos pois é tão rápido. Mas peço que sejam horas. Quando te vejo saio de mim, esqueço quem sou, e o que um dia acreditei ser, esqueço de tudo, e a única coisa que peço é de ficar em meus sonhos pra sempre junto á ti.
Mas por que é assim? Por que esses sonhos? Não quero perguntar pra não achar resposta, talvez me decepcione com elas.
Mas quando olho a lua a vejo lá no céu, linda e misteriosa, pergunto-me se realmente você existe e se em algum lugar também vê a contempla como eu.
Mas me calo por ai, minhas perguntas nunca possuem respostas, e tenho até medo delas.
Mas seja como for, da próxima vez em que me vir, e que para isso não tarda, não solte a minha mão, por favor, e se quiser tome meu coração, ele já é todo seu. Da próxima vez em me vir prometa mais uma vez sua promessa em que já tanto me prometeu, mas não tarde em cumpri-la, pois me dói muito não te ver e não te tocar realmente, então você vem, vem assim á me fazer feliz, por eu sei que um dia você virá a cumprir. Um dia será assim, mais que um sonho, mas de verdade.


Eu tive sonhos de amor e eu te amo. Eu sei que você sente o mesmo, eu sinto seu espírito quando você está perto de mim ou quando você está longe, de alguma forma, em algum lugar eu vou te ver de novo, sonhos eu vou compartilhar quando eu te vir de novo, e eu vou te ver brevemente, eu posso esperar, mas, enquanto isso... eu tenho sonhado.” [Gavin Degraw – Dreams]

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