Annabel Laurino
domingo, 5 de agosto de 2012
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Você não é previsível.
Ninguém é. Previsível é uma palavra que se encaixa para uma pedra, um galho
seco, uma mosca morta, um punhado de terra acumulada do sapato, essas coisas. Previsível
é qualquer coisa sem vida, que não fala, não se move. Imprevisíveis somos todos nós que vivemos em
movimento, constantemente, e que mudamos de pensamento a todo segundo. Quem
sabe onde podemos estar amanhã? E seu eu fizer as malas, abrir a porta e simplesmente partir? Ou se não? O fim desse argumento pode ser típico para você,
surpreendente, ou até mesmo interessante. Posso arrematá-lo com
rosas, floreios, ou uma simples conclusão. Quem pode garantir? Se não for hoje,
amanhã então, a gente se encontra, se senta numa mesa qualquer, toma um café,
se olha, se admira, conversa, ou não, ficaremos quietos. Quem sabe a
gente nunca mais se vê, sumiremos. Quem pode saber?