Annabel laurino
terça-feira, 21 de agosto de 2012
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Mas então eu queria muito. Porém o risco, o medo da falha, da descoberta, sim, da descoberta, porque era pequeno em sua forma e secreto de mais onde ninguém podia saber. Era esse o medo. Da descoberta. Dava certo anseio, fome, mais e mais sede e fazia parecer ainda mais gostoso. Dava uma descarga de adrenalina pelo corpo, brilhava a mente. Sabe quando ilumina a sua mente? Pois é, fazia a coisa ficar mais bonita, os dias ficarem melhores. Talvez porque eu tinha me encontrado nesse segredo, sim, eu tinha me encontrado de alguma forma. Mas então, sim, então, o risco era grande demais, e eu, que nunca fui romântica, sempre tão medrosa, soltei suas mãos e continuei a caminhar. A desculpa era que eu não servia, eu não sirvo, que eu não me encaixo bem.