sábado, 14 de abril de 2012

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Porque as mãos dele eram quentes sobre aquelas mãozinhas dela, tão pequeninas e gélidas. Porque o corpo dele era tão grande perto do corpinho pequenino dela. Porque quando ele a olhava havia aquela doçura candente e brilhante. Porque quando ele a beijava, era um beijo doce e delicado. Porque quando suas mãos pousavam na cintura dela eram sempre tão sigilosas e cuidadosas, subindo por suas costas, protetoras. Porque quando ele sorria era capaz de arrancar os maiores pesares de dentro do coração dela, fazia-a sentir nova, como se todas aquelas coisas feias e terríveis, e todos os bichos papões de dentro do armário e as bruxas feias com seus narizes envergados houvessem evaporado do ar. Ele a fazia sentir de uma forma nunca sentida antes. Porque quando ela olhava para ele, com aquele jeito todo altruísta, doce, forte e protetor, aquela maneira responsável e tão – Deus do céu! – homem de ser, ela realmente o via em seu futuro, ela realmente o via segurando sua mão em todos os momentos que futuramente poderiam passar juntos. Não havia duvidas sobre isso. Porque, simplesmente, era ele. Simples assim.


Annabel Laurino.




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