As vezes eu amo a realidade, parece fria, dura, mas no meio desse metal acromático e dessa gélida camada há também momentos que nos fazemos injetados por injeções lividas de ilusão. Quando surge alguém. Ou quando em momentos de danças, dançando, dizendo não ligo para nada e nem para ninguém.
Quando o efeito acaba lá está o coração apossado e transbordante da realidade gélida e dura. Dureza essa. Dorme bastante que passa. Come quase nada pra não se sentir mais pesado. Fica escrevendo coisas sem sentido e força um significado só para ver se alguém lê, se alguém se digna a prestar atenção nos pontos pontilhados e reservados em cada final de frase, como um rastro descolorido.
Annabel Laurino.
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