sábado, 31 de dezembro de 2011

Queridos, sinto saudade.

Tudo que eu queria, que eu espero ardentemente, enquanto o sol ardente de mais um dia vai embora, lá por volta das oito da noite, quando a janela do meu quarto fica aberta, aquela brisa de fim de dia vem recaindo silenciosa e sinto como se fosse denso esse silêncio puro, que transpassa na copa das árvores mais altas até que entra de mansinho pelo quarto. Um friozinho bem agudo e fino, da espessura de uma agulha, que acompanha o vento entrando erroneamente pelo quarto. Sinto cheiro de terra, folhas e fim do dia. O céu vai ficando daquele cinza esgotado. Eu olho como se fosse uma criança diante da loja de doces. Cenário perfeito. O coração palpita distante, parece que nem mais esta aqui. A boca fica deliciada, os olhos brilham. Outono. Inverno. Se pudesse buscá-los eu sairia correndo pela porta do quarto em um roupante sem nem mesmo pestanejar. Quero eles, e tudo que vem junto. Quero frio, quero café quente esquentando a gente por dentro, quero dedos gelados, nariz vermelho, meias de desenhos, suéteres velhos e corações mais aquecidos. Quero tudo como se tem direito. 
   

bebellaurino.



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