domingo, 28 de agosto de 2011

Minha casa aberta te afasta de tanta luz


Agora é pra valer. Se antes eu estava aberta, abria as minhas portas e deixava com que toda a minha luz pairasse por todos os lados chamando quem quer que quisesse se aproximar para ver, para com coragem abrir seus olhos diante das minhas facetas brilhantes e nítidas de luz, de como sou, transparente em luz. Agora me fecho. Estou entrando pra dentro da minha concha crua e nua e não estou respondendo a mais nada. Sou um ser tão individualista agora, quanto sempre fui. Achei que podia ter encontrado alguém que me fizesse largar dessa idéia egoísta e que tocasse lá no intimo de mim, mas esse alguém não ta afim. Ta afim de fugir de mim, das minhas luzes, do meu ser. Por isso que agora que troquei o certo pelo duvidoso to me achando incrivelmente idiota e não há mais nada a dizer. To indo embora. Já deu pra mim. Cansei de ficar esperando algo que nunca vai chegar, algo que eu nem sei se posso esperar. Deixei de ser uma pessoa por a minha incrível capacidade de amar incondicionalmente. To amando você até dizer chega. Deixei meu ser individualista de lado e feri a todos por você, feri a mim e a minha capacidade de ser eu. E agora chega. Você foi covarde de mais. E eu, lutei de mais.

Annabel Laurino.

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