Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um caminho.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Vazio.
Não quero deitar para dormir amor. Não me deixe. Por favor.
Não quero repousar meu corpo sobre aquela cama quente e
vazia. Não quero sentir o pavor ao descobrir que seu corpo não esta ao lado do
meu, como deveria estar.
Não quero tentar dormir, e pensar, pensar e pensar.
Que você não está mais aqui.
Não me deixe ir. Grite e exija, mas não me deixe ir.
Diga, “Não vá” e prometo não ir.
Não quero sentir tua ausência se alojar em mim, não quero
sentir o vazio ao meu lado em qualquer lugar que eu vá, o vazio de que você não
está mais aqui.
Você está compassando passos do outro lado da rua de onde me
encontro, está desfrutando de outros sons e sabores dos meus, está tão bem, tão
feliz.
Egoísmo meu pensar em te pedir para voltar para o meu lado de cá.
Egoísmo meu cogitar a idéia de se quer pedir para você
atender a minha ligação.
Mas amor, por favor, não me peça para deixar de te chamar de
amor. Não me peça algo que nunca vou conseguir fazer. Não peça para deixar de
esquecer a sua voz, o seu corpo, o seu cheiro, seu gosto.
Não me peça para não pedir para você me exigir ficar.
Não quero sentir, mais uma vez, depois tantas outras, o
escuro encobrindo meus olhos, o vazio onde você deveria estar e que nenhum
outro poderia ocupar.
Não quero pensar não ter você aqui. Mais uma vez.
Não quero deitar para dormir, naquela cama macia e quente,
que você não está. Que você insiste em não estar.
Annabel Laurino.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Floreios & Borrões!
Siiiiiiiim! Um blog novinho em folha, criado por mim, é claro. Falando sobre livros, música e filme. Recém saido do forno, esta em estado de adaptação, mas estamos ai, em cena, e já tem dicas novinhas por lá!
Entra logo e confere gente!
* http://prateleira-de-livros.blogspot.com/
Entra logo e confere gente!
* http://prateleira-de-livros.blogspot.com/
Beijos,
Annabel Laurino.
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“Eu podia ser a ternura sem desejo, beijo, nem sexo. Ser somente a história mais pura, mas eu tô falando de amor”
Leoni - Falando de amor.
Love You 'Till The End
Ouça amor, as notas nos preenchendo de seus cálidos reconfortos sonoros que recheiam o quarto. Olhe amor, quanto brilho paira sobre o lugar, que acompanha os instrumentos sendo levemente tocados como se plumas passassem pelas paredes, acariciando o chão, para logo subir no ar, tocar nossos rostos e brincarem docemente em nossas mãos.
Oh! Veja amor, veja como nossos corpos se mechem com a música, não é mágico? Veja, veja como seu corpo brilha lindo no sol, e veja também como dançamos bem, nem parece verdade!
Sinta amor, como nossos olhos vão levemente se fechando como se algo puxasse as nossas janelas de visão. Veja, não é estranho? Depois de um dia longo, onde as horas custam tanto a passar, estamos sempre separados, e na minha mente, sempre juntos. Como agora.
Olhe, estou quase dormindo, caindo no sono, e ele me chama como sussurros deliciosos que se elevam com sua canção tentadora. Bem como calda de chocolate se espalhando pelo lugar, até seu cheiro me agrada, tão irreal, que me surte um efeito de pura nostalgia e adoração.
Depois do longo dia, caminhando pelo parque e sonhando em cada esquina esbarrar em você, depois de longas e infinitas horas pensando no seu rosto, em como seus olhos margeavam sobre meu corpo.
Agora as horas ainda passam, mas pelo menos tenho um motivo para que acabem, ou melhor, para que pausem para mim.
Irei dormir amor. E vejo, você não esta aqui, mas vamos fingir que você está, vamos sonhar.
Eu vou, somente e delicadamente, pousar meus lábios gentilmente sobre seu rosto, terno e quente, meu corpo vai gritar para te abraçar, então me desculpe, terei de lhe abraçar. Logo vou permanecer em seus braços, que envoltos do meu corpo vão estar. Irei cantar uma música amor, uma das músicas doidas que você me escutava cantar. Mas aquela que você gostava em especial que você ria e dizia para mim continuar a cantar enquanto ela soava pelo aparelho de som.
Assim será a maior verdade do meu dia, a frase mais sincera, até mais do que os sorrisos que andei dando ultimamente, será mais sincero do que água, mais translúcida do que um brilho de sol sobre a manhã. Será a maior verdade de minha vida, e saberei disso mesmo que eu cante sonhando. Será mais real do que procurar você por ai, mais real do que a minha própria vida.
Pena que eu tenha que guardar esse segredo somente comigo. Pena que apenas eu mesma suporte essa verdade, pena que somente eu mesma consiga vê-la.
Oh! Veja amor, veja como nossos corpos se mechem com a música, não é mágico? Veja, veja como seu corpo brilha lindo no sol, e veja também como dançamos bem, nem parece verdade!
Sinta amor, como nossos olhos vão levemente se fechando como se algo puxasse as nossas janelas de visão. Veja, não é estranho? Depois de um dia longo, onde as horas custam tanto a passar, estamos sempre separados, e na minha mente, sempre juntos. Como agora.
Olhe, estou quase dormindo, caindo no sono, e ele me chama como sussurros deliciosos que se elevam com sua canção tentadora. Bem como calda de chocolate se espalhando pelo lugar, até seu cheiro me agrada, tão irreal, que me surte um efeito de pura nostalgia e adoração.
Depois do longo dia, caminhando pelo parque e sonhando em cada esquina esbarrar em você, depois de longas e infinitas horas pensando no seu rosto, em como seus olhos margeavam sobre meu corpo.
Agora as horas ainda passam, mas pelo menos tenho um motivo para que acabem, ou melhor, para que pausem para mim.
Irei dormir amor. E vejo, você não esta aqui, mas vamos fingir que você está, vamos sonhar.
Eu vou, somente e delicadamente, pousar meus lábios gentilmente sobre seu rosto, terno e quente, meu corpo vai gritar para te abraçar, então me desculpe, terei de lhe abraçar. Logo vou permanecer em seus braços, que envoltos do meu corpo vão estar. Irei cantar uma música amor, uma das músicas doidas que você me escutava cantar. Mas aquela que você gostava em especial que você ria e dizia para mim continuar a cantar enquanto ela soava pelo aparelho de som.
“Eu só quero ver você
Quando você estiver sozinho
Eu só quero te pegar, se eu puder
Eu só quero estar lá
Quando a luz da manhã explode
No seu rosto e se irradia
Eu não posso escapar
Eu te amo até o fim
Eu só quero te dizer nada que
Você não quer ouvir
Tudo que eu quero perguntar é
Por que você não me leva
Aonde eu nunca estive antes?
Eu sei que você quer me ouvir
Recuperar o meu fôlego
Eu te amo até o fim
Eu só quero estar lá
Quando estivermos presos na chuva
Eu só quero ver você rir, não chorar
Eu só quero sentir você”
(música em inglês - tradução. – The Pogles - Love You 'Till The End)
E depois de cantar, baixinho quase sem som, eu vou simplesmente repousar em seus braços, sentir seu cheiro, seu afago. Vou mergulhar na imensidão de sonhos sem fim, vou ouvir o cântico do seu riso, vou me perguntar se é real, e vou lembrar de cantar novamente: Eu amo você até o fim. Assim será a maior verdade do meu dia, a frase mais sincera, até mais do que os sorrisos que andei dando ultimamente, será mais sincero do que água, mais translúcida do que um brilho de sol sobre a manhã. Será a maior verdade de minha vida, e saberei disso mesmo que eu cante sonhando. Será mais real do que procurar você por ai, mais real do que a minha própria vida.
Pena que eu tenha que guardar esse segredo somente comigo. Pena que apenas eu mesma suporte essa verdade, pena que somente eu mesma consiga vê-la.
Annabel Laurino.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Algo.
Hoje não vi nada em especial... Nada que pudesse... Espere!
Oh, sim! Sim!
Eu vi algo!
Algo subindo a elevação de cores e de sabores que se enchiam dos meus lábios até aos lugares mais alheios de mim. Meu olfato, minha audição.
E subia e subia. Como se estivesse sendo comando por um maestro que cheio de suas consternações, dos mais profundos e sórdidos desejos, conduzia o algo.
Oh! Algo cheio para se ser visto, ouvido, cheirado e ainda saboreado.
Gostos e gostos.
Uma explosão de sensações na ponta de minha língua.
Doce e amargo!
Que crueldade deliciosa de uma mentira mal contada, mal profanada no encontro firme do osso que se move no beijar.
Cheio de texturas. Ásperas e lisas. Sedosas e macias.
Conduzindo pelo corpo.
Conduzindo num caminho incerto da alma.
Você vê sem nada ver.
Você sabe sem nada saber.
Saber e saber. Nada impede de entender.
Oh como me encanto. É como notas de piano. Fortes, mais fortes, mais fortes, soando precisas, raivosas, subindo no ar. Tragando o silêncio, tragando a doce e breve inocência.
Oh sim!
Hoje, de fato eu vi algo.
Vi você.
Em um sonho. Apenas em um sonho.
Real, por que não, real?
Você esteve aqui afinal.
Oh, sim! Sim!
Eu vi algo!
Algo subindo a elevação de cores e de sabores que se enchiam dos meus lábios até aos lugares mais alheios de mim. Meu olfato, minha audição.
E subia e subia. Como se estivesse sendo comando por um maestro que cheio de suas consternações, dos mais profundos e sórdidos desejos, conduzia o algo.
Oh! Algo cheio para se ser visto, ouvido, cheirado e ainda saboreado.
Gostos e gostos.
Uma explosão de sensações na ponta de minha língua.
Doce e amargo!
Que crueldade deliciosa de uma mentira mal contada, mal profanada no encontro firme do osso que se move no beijar.
Cheio de texturas. Ásperas e lisas. Sedosas e macias.
Conduzindo pelo corpo.
Conduzindo num caminho incerto da alma.
Você vê sem nada ver.
Você sabe sem nada saber.
Saber e saber. Nada impede de entender.
Oh como me encanto. É como notas de piano. Fortes, mais fortes, mais fortes, soando precisas, raivosas, subindo no ar. Tragando o silêncio, tragando a doce e breve inocência.
Oh sim!
Hoje, de fato eu vi algo.
Vi você.
Em um sonho. Apenas em um sonho.
Real, por que não, real?
Você esteve aqui afinal.
Annabel Laurino.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Como Uma Fotografia
Eu vejo tudo, eu vejo um pedaço do mundo, do tamanho de uma formiga, por dois buracos refletores da minha alma. É estranho.
O sol incidia por trás das copas das árvores. Árvores gigantescas que acomodam ninhos de pássaros como casinhas estranhas. Troncos escuros cheios de musgo. As folhas lá do alto, verdes, tão verdes e vivas quanto o verão, brilham, ah brilham, pela camada solar que acoberta os altos.
Permaneço deitada na grama, vejo meu peito subir e descer ao longo da respiração. Lenta. Como o vento que sobra deliciosamente no meu corpo, nos meus braços e pernas nus, no meu rosto. Refrescando o calor do ar abafado que aumenta cada vez mais pela influência do lindo sol acima. Eu ouço o cântico feliz dos pássaros, ouço as vozes por baixo da música que toca nos meus ouvidos no ultimo volume do aparelho de som dos fones, ouço pessoas rirem, gargalharem e contarem uma história, ouço riso de crianças, latidos de cães.
Lá no fundo de tudo que vejo, ainda olhando pra cima, pra copa das árvores, pras folhas, pro ar, eu vejo o céu. Azul cheio de nuvens brancas tão brancas que unidas formam cinza. Lembro de algodão. Sem gosto.
O vento balança os meus cabelos levantando-os gentilmente do chão e me dando uma deliciosa sensação de frescor.
Novamente eu fito as folhas, elas dançam uma sincronia perfeita de uma dança divina, direita e esquerda, depois se balançam rodopiando no ar, unindo-se umas as outras na ajuda dos finos galhos que se balançam pelo vento. E novamente repetem e repetem a sincronia, parecem bailarinas, pomposas e delicadas, despencando as mais frágeis, as mais secas e finas do grupo, caindo pro chão, sendo pisoteadas. Que fim trágico.
Eu as invejo por um instante. Tão delicadas, tão divinas, que me lembram como viver, seguindo o ritmo do vento, rápido, passos velozes e violentos, lento, delicado, pomposo, sem pressa, sem dor.
Tudo, tudo adentrando a cúpula das minhas idéias mais sórdidas e pequenas, como uma noz. Fecho os olhos, a música nos meus ouvidos é tão alta que agora abafa os sons de fundo. O vento ainda prende-se no meu rosto.
Que desperdício. Que desperdício.
Minha mão posta sobre meu corpo formiga, e formiga. O vento me abraça tênue e gentil. Como um abraço que muito não ganho mais.
Sinto o cheiro de terra, fresca, quente, coberta de folhas secas e amarelada.
E em um segundo qualquer, disperso quanto à luz, minha anotação mental, minha distração eu diria, sobre tudo que eu vejo, somem como quando se apaga a luz. Sem explicação.
A nostalgia me assombra.
Eu vejo o sol por trás das lentes escuras dos óculos e pergunto-me, quem sentiria medo na luz? Medo da solidão?
Medo da saudade.
Então eu me pergunto. Onde está você? Onde?
Você está no vento, o que eu respiro, o que me abraça, o que sacode o mundo, o sol, que aquece, as folhas, as frágeis, as cúmplices. Você é a parte do mundo, o que eu fotografo, lento tão lento.
Minha mão formiga, desejando seu toque. Tocar você. Sua pele. Sentir seu cheiro. Sentir seu gosto. Ver seu rosto.
Onde está você? Aqui, eu penso, - agora, neste lugar, aqui comigo - ah que desperdício, você não está.
E os anjos choram.
O sol incidia por trás das copas das árvores. Árvores gigantescas que acomodam ninhos de pássaros como casinhas estranhas. Troncos escuros cheios de musgo. As folhas lá do alto, verdes, tão verdes e vivas quanto o verão, brilham, ah brilham, pela camada solar que acoberta os altos.
Permaneço deitada na grama, vejo meu peito subir e descer ao longo da respiração. Lenta. Como o vento que sobra deliciosamente no meu corpo, nos meus braços e pernas nus, no meu rosto. Refrescando o calor do ar abafado que aumenta cada vez mais pela influência do lindo sol acima. Eu ouço o cântico feliz dos pássaros, ouço as vozes por baixo da música que toca nos meus ouvidos no ultimo volume do aparelho de som dos fones, ouço pessoas rirem, gargalharem e contarem uma história, ouço riso de crianças, latidos de cães.
Lá no fundo de tudo que vejo, ainda olhando pra cima, pra copa das árvores, pras folhas, pro ar, eu vejo o céu. Azul cheio de nuvens brancas tão brancas que unidas formam cinza. Lembro de algodão. Sem gosto.
O vento balança os meus cabelos levantando-os gentilmente do chão e me dando uma deliciosa sensação de frescor.
Novamente eu fito as folhas, elas dançam uma sincronia perfeita de uma dança divina, direita e esquerda, depois se balançam rodopiando no ar, unindo-se umas as outras na ajuda dos finos galhos que se balançam pelo vento. E novamente repetem e repetem a sincronia, parecem bailarinas, pomposas e delicadas, despencando as mais frágeis, as mais secas e finas do grupo, caindo pro chão, sendo pisoteadas. Que fim trágico.
Eu as invejo por um instante. Tão delicadas, tão divinas, que me lembram como viver, seguindo o ritmo do vento, rápido, passos velozes e violentos, lento, delicado, pomposo, sem pressa, sem dor.
Tudo, tudo adentrando a cúpula das minhas idéias mais sórdidas e pequenas, como uma noz. Fecho os olhos, a música nos meus ouvidos é tão alta que agora abafa os sons de fundo. O vento ainda prende-se no meu rosto.
Que desperdício. Que desperdício.
Minha mão posta sobre meu corpo formiga, e formiga. O vento me abraça tênue e gentil. Como um abraço que muito não ganho mais.
Sinto o cheiro de terra, fresca, quente, coberta de folhas secas e amarelada.
E em um segundo qualquer, disperso quanto à luz, minha anotação mental, minha distração eu diria, sobre tudo que eu vejo, somem como quando se apaga a luz. Sem explicação.
A nostalgia me assombra.
Eu vejo o sol por trás das lentes escuras dos óculos e pergunto-me, quem sentiria medo na luz? Medo da solidão?
Medo da saudade.
Então eu me pergunto. Onde está você? Onde?
Você está no vento, o que eu respiro, o que me abraça, o que sacode o mundo, o sol, que aquece, as folhas, as frágeis, as cúmplices. Você é a parte do mundo, o que eu fotografo, lento tão lento.
Minha mão formiga, desejando seu toque. Tocar você. Sua pele. Sentir seu cheiro. Sentir seu gosto. Ver seu rosto.
Onde está você? Aqui, eu penso, - agora, neste lugar, aqui comigo - ah que desperdício, você não está.
E os anjos choram.
Annabel Laurino.
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