quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Perguntando-me, respondo-me, sempre e sempre. Fatal.


Me pergunto se a gente se encontra um dia.
Me pergunto se você me ouve.
E nunca sei se sim ou se não.
Me perguntou outra vez
Sem cansar, sem calar
Se me amas mesmo, se realmente me amas,
Se farias qualquer coisa por mim
Se trocarias letras por números
E mudaria os nomes de cores e sabores
E deixarias teu mundo inteiro por mim
Penso sempre,
Quase sempre
Pendida entre o sim e o não
Que não
Que não te encontro mais
Que não me ouves
E pendida outra vez, quase que categoricamente
Escorrego na reentrância múltipla de incertezas
E acabo
Fatalmente
Em não.

Annabel Laurino.

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