São nessas rachaduras que se encrespam ásperas pela tua fala
vazia que te desgrudas de mim como uma folha seca pendida no ar até que
escorregue e caia e deslize na triste grama verde, arranhando seus vasos secos
e queimados junto aos vasos úmidos e molhados das folinhas verdejantes e luminosas
que crescem da terra árida e também fértil e também úmida e tão negra, despejando-se, recaída no
silêncio, esquecida, acaba morta, esmagada pela memória, cruelmente assassinada
pelo vazio.
Annabel Laurino.
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