É uma compulsão horrível de
quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer.
Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm
prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E
tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou
ferindo o outro também. Não
queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar
absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem
que se consiga controlar.
Caio Fernando Abreu
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