-
Mas... Aquela pergunta que você me fez na mesa, aquele dia, não sai da minha
cabeça.
- Qual?
-
Se eu via futuro com ele...
- Hum. É, você me disse que não.
- Sim.
Essa foi a minha resposta
- Mas não senti firmeza naquele não.
- E
era mesmo um não cheio de incerteza. Tanto que eu ainda fico me perguntando.
- E
sabe a resposta?
-
Não. Não sei. E talvez seja assim, um tipo de resposta.
-
Não faz sentido...
-
Eu sei.
-
Pois então como não ter certeza pode lhe responder alguma coisa?
-
Você não vê?
[silêncio]
-
Quando se tem certeza, se sabe. É fato, consumado. Quando não se tem...
- É
complicado.
-
Sim. Complicado. Não vejo melhor palavra para definir.
Annabel Laurino
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