Estou fraca, estou só. Estou doente. De amor, de dor, de ódio. Fustigam minha alma, arrancam meus pelos, puxam meus cabelos. Sem dó. Esse caso danoso, essa fúria desse mar de confusão custa tanto a passar. Vou fugir, vou chorar. Estou doente. Mas ainda estou aqui. Ainda sinto meu corpo que não se mostra mais tão lúcido e nem mais tão frágil. Ainda sinto-o em mim. Ainda estou aqui. Ainda grito e falo. Ainda sinto prazer, ainda sinto-me excitada na loucura dos meus atos, na loucura da vida, do dia, da dor. Sou insensata na dor. Até mesmo na dor.
Annabel Laurino.
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