É difícil ser eu, solitário sobretudo. Qualquer um que seja, será sozinho. É uma vastidão confusa. Só há Um somente que me ouve. Mas eu continuo só. E conto estrelas, e toco alguma musica, ouço as horas do dia irem e virem e me perco e me encontro, e observo tudo e mantenho a fome, e não sacio a sede e tudo entra por um estranho ciclo, até que eu entenda. Até que eu me acostume. E acostuma? Acostuma.
Guardo segredos, mastigo perguntas, engulo vontades, esqueço desejos, seleciono meus sonhos. Seja sábia menina, seja sábia, não se pode ter tudo. Amanhece todos os dias, o sol sempre o mesmo. A lagarta perguntou um dia, 'quem és tu?" e a menina disse "eu não sei, é possível que não seja mais a mesma". E sou?
Como diria Einstein, "Não sei por que todos me adoram se ninguém entende minhas idéias.".
E como entenderiam? Estão todos ocupados em ser eles mesmos. Quem pode culpá-los?
Ocupo-me.
Annabel Laurino
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