Tem gente que não gosta de ser feliz, ou desistiu, ou não quer mais. Mas eu ainda quero, meu caro. Eu ainda acordo todos os dias e desejo bem firme que eu quero ser feliz de um jeito imenso, vivo e de verdade. Só que não ser feliz por qualquer coisa ou sair por ai fingindo ser feliz e com aquela banca de ser feliz por momentos ou enquanto eu consumo sapatos novos numa loja bacana. Eu quero buscar isso, essa felicidade, eu quero me realizar em algo, alguém, em mim mesma.
Bom mesmo é quando a gente quer ser feliz mas nem desconfia de como. E a gente só vai vivendo e achando graça nas pequenas coisas da vida, nas insignificantes formas de ver como tudo funciona a sua volta. Aquele filme chato passando no cinema mas se vai pelo passeio, pela excursão, por ir e sair falando mal do filme depois e se sentir mais intelectual, por sair de casa e ver gente. Aquelas caminhadas nas manhãs frias do inverno, tão difícil persistir as vezes, mas se faz porque se pensa no objetivo e se almeja a conquista. Há sempre um lado bom das coisas. O lado bom da vida. É isso que eu tenho buscado ultimamente.
Eu não irei desistir disso, mesmo que mil pessoas me tentem com seus pessimismos exagerados e suas formas cansativas e causadas de verem as coisas. Eu ainda estarei tirando meu coelho genuinamente branco da cartola. Porque é assim que se faz, não é mesmo?
Decidi também que tem que ter por quem sofrer nessa vida. Não pode ser por qualquer um.
E outra, tem que se ser. A gente tem que ser. Não se pode ir entrando na vida das pessoas e querendo ser metade ou um quarto ou vinte por cento, a gente tem é que ser e espalhar coisas boas por ai. Nada dessa introspectividade toda sofrida e cabisbaixa Nada de sofrer por quem foi embora porque quis, quem abriu a porta do carro e se jogou na autoestrada com o veiculo em movimento. Gente assim a gente deixa jogada lá e continua o percurso. Quem se perde por prazer a gente só faz o mesmo, a gente aproveita prazerosamente bem, só que vivendo.
Então eu quero é viver, meu caro. Antes de tudo é ser feliz e saber porque eu vivo, o que eu quero e onde eu quero chegar. O resto sou só eu tocando violão numa janela qualquer como Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, e cantarolando Moon River baixinho para quem quiser escutar. Para quem quiser ser feliz junto.
Annabel Laurino
2 comentários:
há vagas pra embarcar nessa???
eu tambem qro tudo isso e muito mais!lindo!
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