terça-feira, 8 de janeiro de 2013

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“Sobre solidão: Eu nunca fiquei solitário. Já estive numa sala – Já me senti suicida. Já fiquei deprimido. Já estive muito mal – pior que tudo – mas nunca pensei que uma pessoa poderia entrar naquela sala e curar tudo que estava me incomodando… ou que qualquer número de pessoas poderiam entrar naquela sala. Em outras palavras, a solidão é algo que nunca me chateou por que eu sempre tive essa terrível vontade, esse quê que me fazia estar só sempre. É estando numa festa ou num estádio lotado de pessoas torcendo para algo que eu posso sentir a solidão. Vou citar Ibsen: “Os homens mais fortes são os mais solitários”. Eu nunca pensei “Bom, alguma loira linda vai entrar aqui e foder comigo, acariciar minhas bolas, e eu vou me sentir bem”. Não, isso não irá ajudar. Você conhece a típica multidão que diz “Uau, é sexta à noite, o que você irá fazer? Só ficar aí sentado?” Bem, sim. Por que não há nada lá fora. É estupidez. Pessoas estúpidas se misturando com pessoas estúpidas. Deixem elas se tornarem cada vez mais estúpidas. Eu nunca fiquei incomodado com a ansiedade e a pressa de sair pela noite a fora. Eu me escondia em bares por que não queria me esconder em fábricas. Isso é tudo. Sinto pelos milhões, mas eu nunca me senti solitário. Eu gosto de mim mesmo. Eu sou a melhor forma de entretenimento que eu tenho!”



Charles Bukowsk

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