Annabel Laurino
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
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Tem coisas que a gente faz e nem percebe. Tem coisa que você faz e nem percebe. Tem coisas que você não faz e nem percebe. Mas eu percebo tudo. Eu analiso tudo. Eu acompanho a falta de todas as coisas que teu carinho vem deixando a desejar e fico aqui te olhando, esperando você notar, sei lá, dentro dos meus olhos qualquer sinal meu de cansaço, de saudade de como era tua entrega antes e como é frustrante agora ter parcelas divididas, receber o resto, o pouco, o que é e é só isso, aceite. Não aceito. Desculpa, não aceito. Tenho me cansado muito, das minhas esperas, tas tuas raras vindas. Fico analisando tudo isso, e percebo a mim, meu estado de inconformação, como eu fico por dentro com as coisas todas que acontecem e novamente, você nem percebe. A resposta é simples e prática, desnecessário progredir. É como se machucar sempre e por gosto, como colocar acido na boca e depois sorrir, como ficar esperando um ônibus que não passa naquela estação. Ele nunca vai vir, ele nunca vai chegar. E a gente nunca vai ser, nunca vamos ir.
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