- Eu não vou casar, sabia?
- Mesmo?
- É, mesmo. Não penso nisso, sei lá.
- Também não, é tão... sei lá.
- Pois é, quero aproveitar meus 20 aos 30, muito, depois, quem sabe.
- É, faz sentido. Penso o mesmo.
- Gosto muito de viajar, sabia?
- É, eu também.
- Viajar o mundo todo, conhecer lugares.
- Sim, para que casar?
- Verdade.
- Sendo que eu daria uma péssima esposa.
- E eu então, péssimo marido.
- Mentira, você é maravilhoso. Um cavalheiro, faz todas as vontades, quase nem parece existir.
- Que nada. Eu faço as SUAS vontades.
- Sim, pois é.
[silêncio]
- Então dos 20 aos 30 será bem movimentado?
[risos]
- É...
- Eu vou para nova York.
- Nova York?
- Aham, meu sonho.
- Sempre gostei de Nova York.
- Pois é, vamos nos perder.
- Que nada, eu te encontro.
- Quanta certeza...
- Como eu disse, eu sempre gostei de Nova York. Eu te encontro.
- Será mesmo...?
- Deixa comigo.
- Deixar com você?
- É, fica tranqüila.
- Então... Nova York?
- Sim.
- E nunca vamos nos casar?
- Não digo nunca... Mas, relativamente.
- Relativamente...
- Pois é.
- E você vai me encontrar?
- Com toda a certeza que sim.
[sorriram]
[havia certeza]
Annabel Laurino
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