Você acha que não percebo
Pensa que assim como outros
Embebedo-me na tua fala confusa e embriagada
Mas não, sóbria, sou atenta as tuas virgulas
Tuas viralidades pontuais
Não me esqueço nunca de quem és de verdade
E já que te esqueces
Das faces que me mostrasses um dia
Eu finjo que acredito no que desenrolas para mim
Sem vergonha, mentes, com naturalidade
Acredita que fecho os olhos diante de suas mentiras
Tão bobas, parecem ter sido tiradas
De um livro de histórias ilustradas e infantis
Aceno a cabeça
Um sorriso nos lábios
Você mente bem,
Que pena é que eu não acredito em você.
Annabel Laurino.
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