É o pingo que pica na poça
que explode no ar
É o pingo que pinga no caminho
do bico do sapato
ao canto do tijolinho
É o pingo que pinga
na cabeça careca
na tinta avermelhada
dentro do olho vizinho
É o pingo de chuva
que pinga não mais sozinho
e que caiem os pingos
todos molhadinhos
Vão pigando sem parar
encharcando tudo
pingando aos pouquinhos
vezes bravos, vezes devagarzinho
Vão costurando a água no ar
Annabel Laurino.
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