Annabel Laurino.
sexta-feira, 2 de março de 2012
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Cada dia que amanhece sozinho levanta-se sóbrio. Você sente seus ossos estalarem quando se levanta do colchão quente e sai do meio das cobertas fofas, você pensa que a vida por mais gostosa, por mais fofinha, e que por vezes parece viver em meio a tragédia fatal de um ponto que se enrosca nu em meio a beleza cotidiana. Pode parecer nostálgico eu sei. Mas dou graças todos os dias assim que acordo, olho o sol e penso que um novo dia está prestes a se desenrolar da tecelã mágica que se chama vida. Pode ser que ao final do dia eu fique sentada no mesmo lugar remoendo pontos faialíticos ou tecelando belezas nas pontas dos dedos e murmurando: "que lindo, que lindo", sem ninguém mais ouvir.
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