Mas é verdade que as coisas mudaram. Mudamos. E talvez você nem lembre mais das mesmas coisas que lembro quando fico só. Talvez você nem sinta mais as mesmas coisas que sentia antes quando meu nome lhe vem a mente e o tom da minha voz lhe aperta na saudade. E se tudo mudou mesmo, e se nada conservou-se apesar da luta, das noites tempestuosas e das mudanças de temperatura, e nem mesmo os sentimentos bons restaram, então, bem, então obtivemos a resposta com o mais glorioso grito de vitória de quem arremata um fim com um ponto final ao longo da história.
Amor. Nunca acaba. Nem quando se tem um fim. E se acaba, não era amor. Nunca foi então. E não há do que se envergonhar disso. Tudo bem. Essas coisas acontecem. E são sentidas. E são lembradas. Mas o mundo gira. A vida se renova. E quem sabe um dia a gente se encontra e ria de tudo que passou.
Quem sabe.
Te guardo para sempre.
Annabel Laurino.
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