sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Orifício brando, branco, não sei.

    Silêncio de palavras, odeio me sentir assim. Fico puxando os retalhos das virgulas dentro dessa linga, dessa cabeça, desse corpo e não encontro nada. Parece que houve um forte vento por aqui e levou as minhas doces palavras, ou talvez a doce forma de junta-las em um aglomerado de sentimentos que extraem-se de dentro de mim e tingem o branco do papel, o orifício onde tudo começa a fazer um pouco mais de sentido.
    É isso, não esta fazendo sentindo. Por que perdi as palavras, ou a forma de juntá-las, não sei.

Annabel Laurino

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