Hoje é domingo. Um domingo chato e cinzento. São quatro e
meia da tarde. Vou matar esse resto de domingo adomingado á pauladas cruéis.
Vou exterminar essa sede de cavar um buraco e encontrar uma mina de salvação
pra me tirar dessa caverna escura desse dia chato de domingo. Daí eu vou sair.
Vou encontrar outros corpos, em outros corpos encontrar a vontade, motivos e quem sabe alguma
razão pra rir, satisfazer a vontade de que você me deixou no vazio e se
esqueceu de mim. Nenhuma mensagem, nenhuma pergunta se ta tudo bem. To bem, só
pra você saber. To saindo de casa. To indo viver, só pra variar. E não to indo
só.
Annabel Laurino
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