Annabel Laurino.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Montanhas de pó
Não me pergunte mais nada. Não me pergunte nada. Eu não sei de nada, eu não quero saber. Eu to cheia. Cheguei na beira da cama quente, olhei por baixo e avistei o pó. Montanhas de pó. Esta tudo há muito tempo guardado, há muito tempo esquecido. Não quero mexer, tenho medo das cartas que posso encontrar, das aranhas que podem sair, dos chinelos velhos que gastei tempo procurando, dos lenços de papel, das folhas do caderno, de um brinco perdido, tenho profundo cansaço de achar qualquer coisa embaixo desse pó. Não me pergunte. Eu não quero mais saber. Cheguei ao meu limite. Agora, se tem uma coisa que você ainda pode saber, uma única coisa que não me abstenho em responder, é que estou completamente ocupada. Não estou mais aqui. Acabo de colocá-lo na minha montanha de pó.
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