Adoro como você aumenta os olhos quando afirma uma idéia ou como seu rosto fica inundado de expressão quando você se sente entusiasmado com alguma coisa. Adoro suas mãos, são grandes e finas, e sempre geladas. Adoro quando você pega as minhas mãos, mesmo que de uma forma inocente, mas elas ficam lá, sobre as minhas impulsionando a minha pele na sua em um toque que somente eu mesmo reconheço. Adoro como você meche o corpo enquanto caminha e como você me olha quando acha algo completamente absurdo no que falei. Quando você ri seus dentes retos aparecem e uma gargalhada em floreios forte e viril perpassa sua boca perfeita e rosada. Adoro seu cheiro, é como um cheirinho de lar que da vontade de repousar o rosto em seu peito e roubar suas roupas para mim, um cheiro que me faz querer te abraçar, que me faz pensar loucuras sobre dizer o que não devo dizer. Adoro seus defeitos, que me irritam e me causam coceiras sobre o corpo, como quando você teima com alguma coisa que eu digo ou quando você ignora e vira o rosto pra fingir que não ouve. Eu adoro seu modo infantil, que me irrita, e adoro o modo como penso que um dia você possa amadurecer.
Adoro seu modo “eu não ligo”. Como também adoro quando você se estressa e fica louco. Adoro deitar na cama e chutar as idéias de você pra longe e sorrir quando elas insistem em voltar. É como uma coisa abstrata que eu guardo sozinha sentada no chão do meu quarto.
Ninguém precisa saber.
E eu adoro isso em você.
Annabel Laurino.
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