Caminho por sobre pedras, finas, graúdas, grandes, pequenas, aglomeradas em estreitos e outras expandidas ao longo. Caminho á baixo de chuvas e de trovões, caminho correndo e às vezes se preciso pulando grandes obstáculos, alguns aterrorizantes aos olhos de quem se vê, outros nem tanto, às vezes até mesmo, insignificantes.
Caminho á baixo de chuvas de granizo, temendo de que me acertem, e quando assim fazem acertam a alma, ao coração, não há como fugir de se ferir, mas a dor torna-se constante.
Caminho por sobre rosas também, rosas de todos os tipos, absolutamente lindas e diferentes, de aromas mais perspicazes, mas rosas com seus espinhos muitas vezes enganam aqueles de mente pura e coração ímpeto.
Por isso tomo cuidado em cada passo que lhe é dado. Ou melhor, comecei a dar.
Muitas vezes escalo ladeiras das mais colossais, às vezes caio e perco as forças, perco as forças de tudo, meus pés já chegaram a suplicar desistência, mas meus ouvidos se fecham quanto a isso.
Então eu luto, digo que luto por que cada dia ao sair de meu leito é como se entrasse em um desconhecido, com duvida do que será de hoje, e não mais com o de amanhã.
Pego todas minhas forças e caminho, muitas vezes sem rumo, com um ponto de interrogação que me faz temer diante de tudo, mas eu sigo, arrisco, caio, levanto, e sigo novamente.
Em vezes acerto o caminho, mas em outras me dou com a cara á porta. Não posso lutar com algo que já não é meu, não possuo a chave de todas as portas de meu mundo, mas creio que enquanto muitas de fecham outras mais se abrem. E por isso eu venço, mesmo não ganhando, por que não desisto, não entrego o que tenho, não até que se seja a hora, mas enquanto isso eu vivo.
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